Comprar e vender energia no mercado livre pode trazer uma série de vantagens para as empresas. A oportunidade de escolher fornecedores e de negociar livremente favorece a competitividade do setor, otimiza a previsão dos custos, garante uma gestão mais eficiente na contratação da energia e mais rentabilidade às operações das companhias.
Mas, é preciso se atentar à volatilidade dos preços para a melhor tomada de decisão. Cabe lembrar que este é um mercado sensível à lei da oferta e da demanda.
Fatores que influenciam o preço da energia
O modelo de precificação de energia sofre a influência de questões conjunturais e estruturais.
As questões conjunturais impactam, sobretudo, no preço da energia no curto e no médio prazo, fazendo com que o preço seja bastante variável.
Fatores capazes de alterar os preços vigentes (no curto e no médio prazo):
- a frequência, a localização e a quantidade das chuvas para a geração de Energia Natural Afluente (ENA);
- o potencial dos ventos;
- as temperaturas previstas abaixo ou acima do esperado;
- o volume de produção das usinas hidrelétricas;
- os níveis dos reservatórios;
- os preços dos combustíveis;
- a demanda de energia pelos consumidores;
- os custos de déficit;
- a disponibilidade de geração e distribuição de energia.
Se o regime de chuvas aguardado para o verão vier abaixo do esperado e esse dado chegar a influenciar o volume de oferta de energia hidráulica, por exemplo, pode ser necessário acionar fontes mais caras de energia, como as térmicas. O impacto dessa questão climática será percebido no preço da energia. Situação parecida como a do exemplo aconteceu recentemente no Brasil. O país vem enfrentando a pior seca dos últimos 90 anos e, por isso, no segundo semestre de 2021, foi necessário acionar as usinas térmicas para suprir a demanda.
Assim como podem favorecer o aumento no preço, as condições conjunturais podem tornar o preço por MWh mais atrativo.
A atividade econômica e a política do país também fazem parte dos fatores de conjuntura e impactam no preço de curto e médio prazo.
Para equilibrar os custos entre a oferta e a demanda de energia no país, é utilizado o PLD.
No Ambiente de Contratação Livre (ACL), o preço da energia é bastante impactado pelo PLD. A sigla refere-se ao Preço de Liquidação de Diferenças e serve como indicador de equilíbrio do sistema elétrico. Ele determina os valores de toda a energia elétrica produzida, mas não contratada pelos agentes de mercado. O PLD é utilizado na liquidação da energia no mercado de curto prazo (MCP).
O PLD é calculado através de um modelo matemático e proporciona o acompanhamento dos preços através de publicações diárias, com valores de hora em hora para as 24 horas do dia subsequente. Vale lembrar que é limitado por um preço mínimo e por um preço máximo, estabelecidos anualmente pela ANEEL.
Impactos no preço da energia no longo prazo: questões estruturais
Ainda que os contratos em longo prazo sejam negociados com base no PLD, os preços não sofrem tanta flutuação, visto que há mais tempo para previsões e consumo. O preço da energia em longo prazo tem pouca influência das questões conjunturais e bastante influência das questões estruturais, tais como:
- construção de novas usinas para a expansão da matriz energética;
- eleições presidenciais e planos de governo;
- expectativa de crescimento do país;
- novas fontes de energia;
- impacto da geração da energia no ecossistema, etc.
É de extrema relevância conhecer as variáveis que impactam no preço da energia para tomar as decisões mais assertivas de compra e venda no setor energético.A Norus conhece os desafios e oscilações do Mercado Livre de Energia e tem expertise para impulsionar os clientes para decisões cada vez melhores. Há 10 anos nos inspiramos na força que a energia elétrica tem e desenvolvemos tecnologia para quem produz, vende e distribui energia.
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